Tempo
de inapetência
Por
favor, conduza-me pela mão
Para
além da correnteza
Não
me humilhe, sou novo
Me perdi um tanto no voo
E com isso perdi o viço
Mas não
quero morrer de tédio
Entre o fosso e o cemitério
E
aprendi mais do que isso
Respeito muito o limite da vida
Posso
fazer café e servir
Distribuir xícaras na mesa
Para todos, eu gosto
Para todos, eu gosto
Chás, águas, frutas, pães
Ofereço conversas longas
Sim, prefiro a amistosidade de um sorriso
Mas respeito, profundamente,
O uso moderado de palavras
A
cada década elas parecem nos trair um pouco mais.
São
Paulo, 20 de abril de 2019
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