/Imagem de Odilon Redon/ |
Hyppolite, pauvre de Dieu, seguindo em seu andar, claudicante.
Caminhas pra quem? Pour notre Dieu, Monsieur, seulement pour Lui.
Cocheiro coxo, pulga do quarto estado, o corpo oferecido em Holocausto para a Magna Sciencia.
Pouvre, pó, poeira de Yonville, serves a quem, Hyppolite? À cochia, Senhor.
O Progresso apregroa os seus signos e Hyppolite claudica, atrasado, tardio, tartamudo: le silence des imbecis.
Serves a quem? À science physique, Docteur, seulement.
Suado, com seu cheiro equíneo, Hyppolite aguarda o milagre, mãos erguidas pro céu: ao Senhor, à Ciência.
Talvez - se tivesse imaginação - pediria pro tempo parar.
(São Paulo, agosto de 2011)
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