sonambulando
assoviando sentido e
emulando o vento
eu continuo dissonante
irregular
como as cidades de pedra
como as ondas do mar
sim, vou adiante
mas nos repuxos é que escrevo
nas manhãs de sol e café
quando me resguardo do tempo
eu continuo sonhando
sonambulando, em solitude
a pedra em que invisto
só ganha forma
na finitude
# São Paulo, 29 de junho de 2019
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