Que pobreza nós dois, que tristeza!
Alquebrados, moídos, atravessados de problemas
Que dureza
Já nos fecharam o horizonte?
Os fatos se precipitarão e as notícias gritarão
Implacáveis
Nós dois, que dureza
Em que rua da cidade tomaremos sol?
Porque nos restam cidades de sol
Porque nos resta ainda amar
Que pobreza, que tristeza
Ainda nos resta um mundo inteiro a conhecer
Em cada um de nós
O que na tarde cinza reverbera
como indisfarçável vazio
Porque existe o vazio
Porque ele é indisfarçável
Apalpá-lo é impossível, senti-lo
Apalpá-lo é impossível, senti-lo
Como quem atravessa uma nuvem
Como quem descobre o sol
Como quem atravessa a manhã
Que o calor dos dias nos aninhe em seu ventre
E nos soprem segredos os ventos
Amanhã
mañana
este é o tempo do amor.
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# São Paulo, 02 de agosto de 2019
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