as canetas?
consumo-as
até o fim
os isqueiros e as noites
também
- até a última chama
o alfabeto insisto
em percorrer
como ave no céu
que não conhece pouso
a bebida - água, vinho, café -
até o último gole
e o amor
até o afogamento
o esqueleto,
os ossos
gasto
até o último cálcio
mas o mundo não
o mundo não sei abarcar
# São Paulo, março de 2020.
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